Uma Reflexão Natalina em Mateus (16.13-17)
Jesus caminhava com seus discípulos. Mateus nos informa que iam em direção à Cesaréia de Filipe. A caminhada seguia o seu curso, lenta e descontraída. A conversa era informal. Sendo Mestre por excelência, Jesus percebeu ser aquele o momento ideal, em que caminhavam todos descontraídos, livres de qualquer tensão ou pressão das multidões, para colher a opinião deles sobre “Quem diz o povo ser o Filho do Homem?” E, claro, na mesma conversa informal, Jesus também buscaria saber particularmente a opinião dos seus discípulos sobre o que estes também pensavam a respeito daquEle a quem seguiam com tanto entusiasmo.
Foi com muita naturalidade que que os discípulos começaram a responder a pergunta do Mestre e passaram a relatar a impressão da opinião pública. “E eles responderam: Uns dizem: João Batista; outros: Elias; e outros: Jeremias ou algum dos profetas”. É perceptível o quão enganada estava a sociedade dos dias de Jesus. Cometiam o escandaloso equívoco de equiparar Jesus aos outros profetas que foram antes d`Ele. Aliás, pasme o leitor, muitos judeus encontravam-se em situação ainda pior, pois julgavam-no inferior a Abraão: “És maior do que Abraão, o nosso pai, que morreu? Também os profetas morreram. Quem, pois, te fazes ser? (Jo 8.53). E Jesus, corajosamente não perdeu a oportunidade de divulgar a sua deidade: “Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU.” (Jo 8.58). É de bom alvitre que o distinto leitor confira todo este caloroso diálogo entre Jesus e seus opositores (Jo 8. 21-59).
Nos dias hodiernos, não é diferente. Cada qual tem a sua própria opinião sobre quem é Jesus. Para refrescar a mente do leitor, citaremos apenas algumas correntes de pensamento sobre a pessoa de Jesus: os intelectuais o vêem como um Ser Cósmico. Os Espíritas o vêem como um Espírito Evoluído, uma Energia Imanente. Os adeptos da Teologia da Libertação conferem à pessoa de Jesus um mero status de um revolucionário. Já os religiosos propriamente ditos, ainda hoje têm uma visão míope de Jesus, pois o vêem com uma simples visão espiritualizada - diferente de uma visão espiritual, pois as coisas espirituais só é possível discerní-las espiritualmente. Assim, os religiosos enxergam Jesus simplesmente como mais um caminho possível, somado com os seus outros deuses, ídolos e crendices.
Jesus então ouve as impressões colhidas pelos seus discípulos e faz a sua própria interpretação do relato de cada um e então solta esta pergunta retumbante, ensurdecedora, contundente para a cosciência de cada um que se instala como cristão: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?” Felizmente Pedro salvou a categoria, embora os créditos não fossem necessariamente dele, pois fora nitidamente o Pai quem revelara a Pedro, como o próprio Jesus denunciou. Pedro, na sua natureza carnal e humana, jamais teria resposta tão satisfatória. Mesmo assim, Jesus elogia não necessariamente a resposta de Pedro, mas o privilégio que este tivera em ser o receptáculo da Revelação divina e ter tido a coragem de se posicionar, revelando-a ao grupo. A resposta dada prontamente à pergunta do Mestre, qual seja: “Mas vós, continuou ele, quem dizeis que eu sou?”. “Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” mereceu o elogio do Senhor porque Ele realmente O era. Diante de tal resposta tão completa, Jesus conferiu a Pedro o status de Bem – aventurado. A Alegria de Jesus diante desta assertiva petrina era pelo grande motivo de que a sua Igreja, representada naquele pequeno grupo, tinha agora o entendimento correto de quem era a Pessoa de Jesus e a que veio. As multidões seguiam-no pelos milagres que fazia, pelo pão que se multiplicava, e assim sucessivamente. Mas a Igreja, representada nos seus discípulos tinham a responsabilidade de proclamá-lo como o Cristo, o Filho do Deus vivo e por conseguinte, o salvador da humanidade.
Às vesperas de mais um Natal, a história se repete. (Para uma melhor compreensão sobre a importância do Natal de Jesus para toda a humanidade, leia neste Portal o Artigo “E se Jesus não tivesse nascido? - https://www.iadcg.org/portal/index.php?option=com_content&task=view&id=1273&Itemid=68). Muitas instituições filantrópicas até fazem referência a Jesus, mas apenas para aumentar as suas arrecadaçãoes filantrópicas. O Comércio também faz referência ao “Menino Jesus” e até cantam para ele, mas com o fim que todos sabemos. Enfim, as pessoas em geral, num tom piedoso, também falam do Jesus do Natal, mas apenas para descarregarem as suas consciências.
Diante do forte apelo comercial e da verdade distorcida em torno do Natal de Jesus, através desta singela reflexão, o Senhor Jesus se dirige aos seus seguidores e lhes pergunta categoricamente: “Mas vós, quem dizeis que eu sou?”. Se a sua resposta está em concordância com a resposta do apóstolo Pedro, então és também um Bem – aventurado e com certeza terás de fato um Feliz Natal e um próspero Ano Novo.
Soli Deo Glória!
Créditos: Secretaria de Relações Públicas da COMADEMS.
COMADEUR - Convenção dos Ministros das Assembleias de Deus para a Europa
secretariadacomadeur@gmail.com - secretaria da comadeur@hotmail.com
Praceta João Manuel Cordeiro Pereira, 297(+351) 219 384 810 ====================================================== Webmaster: Ev. Wagner Costa - ** E-mail: wagneron@hotmail.com **
—————
—————
—————
—————
—————
—————